"...no desalinho triste das minhas emoções confusas..."






11/08/2011

O eu.

Eu quero estar. Nem cá, nem lá. Quero estar longe, mas me sentir perto. Embora não me sinta pertencente a lugar algum; embora em qualquer lugar que me encontre minha alma me persiga, minha imortalidade me possua. Estarei perto de mim, meu ego estará perto de mim; mas eu estarei, na verdade, só. Hoje chego sinceramente não saber se isso é bom, dado que muitas vezes sinto não me pertencer. Apenas tenho a certeza de que sou minha arma goela abaixo e meu escudo de rochas. Sou o inconsciente cego, o olfato agudo, os espinhos das lágrimas...
Vocês provavelmente não existem. Mas não tenho a lucidez para dizer-lhes, pois a incerteza de que existo me retirou os sentidos. O que me mantêm viva de corpo - se é que estou realmente viva - é somente minha imaginação... Pois de resto - pois de imortalidade - apenas vago pela utopia de existir.

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