"...no desalinho triste das minhas emoções confusas..."






10/10/2011

"Que dorme às vezes do teu lado, calada"

Não sei como começar a pensar; não sei se um dia pensei. E se eu estiver apenas sonhando? "E as palavras?". Bem, também não as entendo mais. Não que agora elas estejam mortas - pois sempre estiveram -, é que já não sei anexá-las de forma que não façam sentido pra nenhuma outra alma. A questão é: escrever sobre o quê? Pensar o quê? Dormir ou acordar? O que sei: sentimentos e achismos já não são mais válidos para encobrir meus monólogos sem fim.
"Ei, Cazuza me entenderia", "borboletas estão dançando e embaralhando meu estômago e boca inteirinhos", "queria ser um pássaro", "fugir fugir fugir", "lua cheia pintada de verde", "explodir em mil pedacinhos", "estar por um triz", "eternidade, loucura, acidez".
Vou me expor num exílio, no meu próprio ego. Vou abrigar meus segredos mais invisíveis e transparecer tudo o que nunca soube que existia em mim. Vou aceitar a imortalidade da minha alma e entender que o corpo está inteiramente morto. Vou deixar a água lavar tudo de mal formado e não entendido dentro do que aquilo ainda chamo de "eu"...

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