"...no desalinho triste das minhas emoções confusas..."






22/04/2012

Adeus

Não sei onde você está e quando vens. Também não sei o teu nome, tua cor, teus olhos, teu cheiro. Só sei que existes e que um dia em plena primavera virás até mim como um barco atrancando na borda do meu céu da boca. E no arranha-céu da tua, lançaremo-nos a andar até o primeiro nascer do Sol do verão. E de forma bem clichê, correremos até o mar para nos despirmos e nos juntarmos ao movimento das ondas, que depois de muito insistir, nos levarão para um lugar que só nós conheceremos.
Habitaremos uma floresta de ocos e poucos e nos teremos tão imperfeitos e claros, que nos habitaremos até sozinhos. "Você será a solidão que me habita" e eu serei a dança que te acompanhas depois de três taças de vinho tinto. Na nossa cozinha de teto azul e geladeira vermelha, caminharei com o vestido cor-de-manga que me destes sob as paredes verdes só para brincar de te achar e de te conhecer. E então você dirás: "Oi, me chamo Tal!".

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