E de pernas preciso acima da cabeça para não me deixar ir à poltrona, pois não se pode repousar enquanto o tempo não pára sob as águas cristalinas - ainda sim sujas - da nossa breve e falsa ideia de fim. E conviver com aqueles que não influem na plenitude é um mal necessário para nunca completarmos a total metamorfose, pois tudo deve sempre girar. Tudo: o "tempo", a rua, vocês, as vacas do céu, os planaltos centrais, o mar turvo, as garrafas quebradas, os espelhos trincados, as paredes escritas...
É uma constante valsa que nossa alma e ondas dançam incansavelmente para que não entremos na monotonia de existir. E eu venho gostado de não saber dançar...
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