Durante um bom tempo permaneceu adormecida. Não sonhando, mas alheia: robótica, fechada, sozinha. Foi um reboque de paredes concretas e pensamentos flutuantes; um reboque de si mesma; reboques levianos. Seu estranho sono era uma grande orquestra muda com uma eterna dança sem tato.
Permaneceu habitante de uma tela sem cor: nem branco, nem preto... Sem vida, mas não morta. Permaneceu sem sentimentos: Nada; nem nada. Mas, sem saber, sabia que não era vazio.
Não sabia como consertar ou se por miúdos tinha conserto, mas quando despertou, havia descoberto um grande novo mistério: o nada.
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