"...no desalinho triste das minhas emoções confusas..."






05/03/2013

Carta-rascunho

Ha, Você. Se eu florescer antes de ti, não chores longínquas solenidades para que minha flor não se afogue. Também não cuide dela... deixe ela lá, tu sabes como ninguém o quão Eu eu me sentia sozinha. Só a contemple, de longe, minuciosamente. Quando sua beleza se esconder, continue olhando... ela ainda será única...
O dia que eu gerar flores, solte talvez um ou dois gritos (ou três, se é o ímpar plural que te convém). Mas grite com muita força... com força não para que escutem, mas para que grites só pelo ato de gritar, de usar toda sua força num só sentimento (pois grito também é um sentimento). 
De minha imortalidade, os extremos sempre me perseguirão. Mas isso é o peso que eu carrego, então não se incomode se se esquecer de algum detalhe. Eu tô aqui, pequena, do lado do vasto verde que recebe orvalho e luz natural... não sinta pena, mas felicidade em ver que finalmente me juntei a flores reais e não de plástico.

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