"...no desalinho triste das minhas emoções confusas..."






10/03/2013

Manuel

Fugiu de casa há Vários anos.
Tamanho desamor, desafeto, des.
Era verão, mas não chovia. Foi no "talvez". 
Vagou, re-vagou; pensou em voltar. 
Continuou.
No "talvez", talvez existisse amor. Talvez...
Foi. Tinha a flor, tinha o concreto. 
Não... talvez não.
Aos poucos, engolia seco; aos prantos, o mundo o engolia.
Mas persistiu: agora ele era a flor no concreto. 
Mas existem os pés, e eles pisam, e quebram, e matam.
Não!
...
Desconheceu-se de si e os outros o desconhecem.
"João", "Pedro", "Alguém", "Ele"...
Tornou-se o que fugia.
Fugiu do medo e si mesmo fugiu de si.

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