"...no desalinho triste das minhas emoções confusas..."






28/04/2013

O susto

No genial súbito do inquieto profundo das procrastinações inúteis do eterno beco sem fundo, indaga e não sabe o que sente. Se recolhe e encolhe num buraco infinito onde se despeja socorro e descontenta a mente que urgente mente. Vai passando e levando e sem saber e sem chegar e sem planejar e sem. Se incendeia e de quase repente joga-se à água com o sufoco e sossego do não-saber-o-que-fazer. Depois ri, frenética e louca; rouca, se aclama na cama das rugas dos abrigos alheios. Sustenta a vaidade do contemplo pelo céu de forma a alimentar o turvo de sua confusão desalinhada de seu corpo. O leito do seu oco interior toca no gramofone diário da sua loucura sólida e então se expõe a frente de si; se grita o desespero da sua parte contrária e então se choca contra o próprio ser. O que despejaste no próprio vazio senão a eternidade?

Nenhum comentário:

Postar um comentário