"...no desalinho triste das minhas emoções confusas..."






14/08/2013

Tulipa sempre fora momentânea.
Doce, mas não de açúcar. (talvez por isso não gostasse de adoçar o chá)
Gostava de ouvir blues nos dias frios e de tomar vinho em qualquer tipo de dia.
Tulipa não conseguia dormir de meias e detestava cabelo no sabonete.
Sempre fora intensa.
Tulipa não queria pertencer.
Aliás, Tulipa não sentia pertencente a lugar nenhum.
Tulipa queria o maioral. Queria tudo e todos e os mais coloridos e explosivos fogos de artifício.
Não queria um par, queria pares e triplos e quádruplos e;
Queria expandir, exagerar, esmiuçar todas as minucias.
Mas Tulipa não fora sempre assim...
Tulipa já conheceu temerosas chuvas e devastadoras confusões.
É que num belo dia, passeando por uma bela ruela de suas minhocas,
Tulipa se descobriu tulipa e floresceu.

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