"...no desalinho triste das minhas emoções confusas..."






07/11/2011

"Que país é esse?"

Que se diz ter liberdade de expressão e, no entanto, o voto é obrigatório; que quem está de cara feia é o burguês e não o que passa fome; que crianças vendem seus corpos a troco de miséria; que o ladrão de terno é respeitado enquanto um negro é humilhado; que só é aceita uma forma de amor? Indagava Renato Russo e repito eu: "Que país é esse?".
Que país é esse que transforma pessoas em máquinas sujas e vazias; que lota hospitais e cria o triplo de listas de espera; que pessoas são tratadas como objeto; que existem padrões e generalizações; que a paz busca-se contraditóriamente - e idiotamente - pela guerra; que o lixo de uns é o banquete farto de outros?
Que país clichê e cheio de porquês é esse? Que país é esse que hasteia "Ordem e Progresso" e só se vê desprogresso?
Onde está o herói que vai nos tirar da foça? Quando seremos rei de nossas próprias mentes?
O tempo corre sempre no mesmo passo, sempre nas mesmas contradições idiotas. Corremos pelo dinheiro, pela aparição e pela robotização; sentamos e nos calamos na voz ativa e ação para prosperar. Cadê as leis em atuação? Cadê o amor ao próximo que tanto nos ensinam na escola? Aliás, cadê a educação? Cadê a liberdade de expressão sem que sejamos vítimas de nós mesmos? Cadê a solução para libertamos as correntes que nos prendem a um século tão atrasado? Cadê a irônica evolução que tanto falamos que temos?
Peço para que percebam que a única solução para mudarmos o país, é começando a mudar o jeito que encaramos as coisas. Abram os olhos, vejam por vocês mesmos: gritem e se inconformem, mas não se sentem e calem diante disto, esperando que as coisas aconteçam apesar da sua conformidade. Somos nossos heróis e mente e, dado a isso, só nós podemos nos salvar.
Continuo otimista, pois tudo pode ser uma metamorfose ambulante. "Chegou a hora dessa gente bronzeada mostrar seu valor."

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