E três e quarenta e três da madrugada estaremos jurando-nos promessas no silêncio de nosso suor frio e corpo quente como a faísca de um isqueiro abandonado em uma mesa de bar. E como se fossemos chá, engoliremos todos os goles de nós mesmos que nos sobrarem.
Enquanto isso a rua seguirá com suas casas descascadas, e suas casas desbotadas seguirão com suas pessoas adormecidas, e as pessoas adormecidas seguirão com seu caos: a falta do amor, a falta do ódio, da tristeza, do sexo, da morte, da vida, a falta da falta...
Então finalmente acordarei com um espaço vazio ao lado do chão - chão, pois nossa dureza se deságua na fraqueza deste -, e com o vinho derramado casa abaixo, e com as janela abertas de fuga fingida e coração pleno de noite mal dormida. E só assim, meu amor, saberei que nada somos...
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