"...no desalinho triste das minhas emoções confusas..."






29/03/2013

O eu que se desfez de mim

Enquanto o vento me beijaria a prantos, minhas pernas ficariam pesadas e puxadas seriam para a boca do precipício. A imensidão me devoraria tão rápido quanto minha adrenalina seria cessada no profundo nunca em vida tocado. No invisível entre rapidez e estagnado, meus olhos explodiriam sentimentos eternos e o mundo abrigaria todo o meu calor. Eu sentiria frio... um frio amargo, que sem congelar, queimaria como uma fogueira de almas gritantes. Haveria o nirvana: a plenitude me mastigaria. Sem dor, sem amor; sem tristeza, sem alegria. Haveria eu, todinha de mim e pronta para me deixar.
E seria naquele instante, entre o ar e as partículas espatifadas, que me sentiria única e somente Vida.

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