"...no desalinho triste das minhas emoções confusas..."






30/12/2013

"Lembro de quando fui a um velho e respeitado médico homeopata. Meu pai me levou, eu era criança. Naquela época, já usava a mão ortopédica. O médico a segurou para tomar o meu pulso. Eu estava tão intimidado que não fiz nada para poupá-lo do equívoco. O respeitável médico apertou com força a munheca de plástico. Apesar de tudo, em nenhum momento me deu por morto. Ao contrário, enquanto ia contando supostamente as pulsações, ditava em voz alta a um assistente a receita que me curaria de todos os males."
Do diário do Prêmio Nobel de Física, 1960

(extraído do livro "Flores", de Mario Bellatin)

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