"...no desalinho triste das minhas emoções confusas..."






31/12/2013

Adubo fúnebre

Amélia era ansiosa.
Era sufocada de ideias, de planos e de medos.
Piruetas pelo cérebro deixavam a mostra sua labirintite.
Amélia sentia prazer nas minúcias curiosas.
Cores despertavam nela sensações de euforia extrema.
Cheiros a levavam para galáxias inventadas.
Amélia não tinha amores, embora se doesse de amor...
Observadora, todo dia passava por uma casa singular
Achando preciosidade, contava em seu enfeite infinitas flores de infinitas colorações e odores.

Certo dia, Amélia tateou as formosas do jardim... eram de plástico.

"Aqui jaz Amélia, querida curiosa
engasgada e coberta por buquês artificiais"

Nenhum comentário:

Postar um comentário