"...no desalinho triste das minhas emoções confusas..."






23/12/2014

O tempo não dá tempo
O tempo é
o sopro que Iansã lançou
É o ponteiro
que o amante roubou
que o vivente matou
que o caos eternizou.
Mas o tempo às vezes acalma,
se faz de altruísta
rega os lábios
cultiva a semente
e me beija as entranhas
- tapa meus buracos.
No meu tempo sou imortal
E embora mera mortal
Me sobra muito tempo
Pra fazer do tempo
um grande invisível.

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