All the lonely people.

Os sozinhos da noite incandescente navegam abertamente no céu ensurdecente. Trafegam durante horas os ocos ouvidos do silêncio. Dançam no preto pontilhado em busca de ociosidades utópicas que os alimentem de forma intensa mas não saciável. Não saciável porque numa vida tão vida tão viva tão sei lá, estes precisam de algo para buscar até além do fim. E estes são só pessoas. Sozinhas. Sozinhas, mas felizes. Porque - de certa forma que não faz sentido, e porque não faz sentido talvez exista - estar sozinho preenche o vazio que alma inexistente e amarga criou.
Mas não quero ser feliz, quero estar fora do vazio. Ser feliz não me basta.
Com amor, alguém de lugar nenhum - mas alguém.