"...no desalinho triste das minhas emoções confusas..."






21/06/2012

Pra nunca mais acordar


E eu não estava aqui e nem cá: eu estava lá, bem lá, bem a frente do meu corpo. E minha alma transbordava palpitada, assim como meus olhos de caleidoscópios girava em todas as suas possibilidades.
Tudo era lindo: você eu eles todos nós éramos lindos. E os movimentos eram lentos ao mesmo passo que eram rápidos; e minha mente girava, chacoalhava, caía, ria, fingia.
Era meu interior inteiramente exposto: era minha mente totalmente exposta, louca, espalhada. Eu não cabia mais no universo, mas este cabia em mim; mas este não me saciava. Eu queria mais, eu teria mais: eu teria o universo para sempre dentro de mim, para sempre em algumas horas. Sons, imagens, cores, risos, muitos risos, muitos risos sinceros.
O universo habitava-me, mas eu já havia ultrapassado toda sua beleza e magia. Eu havia desvendado todos os seus segredos. E enquanto dançávamos pousando sobre o vento, ele me dizia, em sutil melodia, estendendo sua mão infinita: vem, não acorde, ainda há muitos ocultos inconscientes para te fazerem voar...

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