"...no desalinho triste das minhas emoções confusas..."






08/07/2012

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Cansada da bebedeira de sufoco que meus cabelos banham meu corpo; cansada do desdém, do boçal, do turvo. Meus dedos cheiram nicotina e tristeza; meu cabelo cheira a rosas brancas roubadas de qualquer varanda barata. Meus olhos, que antes vazavam o mundo, agora estão secos.
Mas eu estou bem. Patéticamente bem, hipócritamente bem; de olhos abertos, estou bem. Vejo-me despida e frágil, me vestindo de forte e herói do próprio medo, e assim me atiro no mar de almas e me guio até o castelo de água que construi.
Só por um tempo, eu prometo. Só até eu voltar a acreditar em ondas e escudos...

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