"...no desalinho triste das minhas emoções confusas..."






26/07/2012

Morrer não dói

Se morrer não dói, por que não morrer na primavera? As flores nascerão das minhas cinzas, do meu físico, da minha plenitude... Pois não é bonita então a morte? Não é sincera? Não é belo pois dizer que ao partires daste espaço e adubo para outro ar? Pois digo que não tenho mais medo nem aflição.
Abandonar "a falsa ideia de paraíso que nos persegue" e nos deixar durar mais que dias e meses e séculos ou oceanos; abandonar o que dizemos ser e nos permetir não sermos nada além do que na verdade somos. Partir, sumir, desvencilhar....
Que a morte é vaga e te tira do vagão: é um barulho frígido e rápido - ou leviano e lento? -, alheio ao mundo e ao tempo que não existe e não pára. E ao sonho retornas; a outro sonho, sem correntes, sem o físico: agora só flutuando enlouquecidamente...

2 comentários:

  1. Alguns dias atrás, palavras parecidas passaram pela minha mente durante horas e horas e horas. (Apesar de saber que muitos diriam ser alguns minutos, para mim foram horas.) Because their time isn't my time. Tempo, aquela coisa hiperrelativa...

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  2. Aquela coisa que não existe... Ou existe?

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